Trabalhar em hospitais referenciados não é fácil e exige qualificação profissional, além de outros requisitos fundamentais. Entenda neste artigo.
Quem trabalha em instituições de saúde, com certeza já ouviu falar no processo de acreditação hospitalar. Ele avalia o nível de qualidade de uma instituição de saúde e funciona como um ISO, ou seja, uma certificação de qualidade voltada exclusivamente para área médica. Os dois principais programas de acreditação são a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Joint Commission International.
Os três princípios, expostos pela ONA, são:
- Ser voluntário, ou seja, a instituição que deve buscar a acreditação;
- Ser periódico, ou seja, a instituição deve ser certificada periodicamente e possui um período de validade para o certificado;
- Ser reservado, ou seja, com as informações mantidas em sigilo.
Além disso, para entrar no processo de acreditação da ONA é preciso:
- Ter licença sanitária;
- Ter alvará de funcionamento;
- Ser constituído há um ano, pelo menos;
- Ser definida como organização que presta serviços de saúde perante os órgãos responsáveis.
Conheça os níveis de acreditação
A ONA trabalha com três níveis de acreditação o que é benéfico para as instituições irem subindo degrau por degrau. Afinal, torna-se um hospital referenciado é algo que exige investimentos financeiros e bastante dedicação da equipe.
O primeiro nível é para que a instituição atenda quesitos de segurança dos seus pacientes em todas as áreas em que atua, inclusive em odontologia hospitalar, dos aspectos estruturais aos assistenciais.
Em seguida, o segundo nível denominado “Pleno” é conferido às entidades que além de atenderem aos critérios anteriores, também busquem uma gestão integrada com processos internos acontecendo com fluidez e intercomunicação entre as ações dos seus funcionários.
O terceiro nível é o de “Excelência”, o qual é voltado para a gestão. Além dos quesitos dos níveis um e dois, é somado mais um fator: uma cultura organizacional de contínua melhoria visando a maturidade da instituição.
Já para a Joint Commission, instituição que atua em 90 países, é necessário alguns outros critérios.
- Capacitação dos recursos humanos da instituição;
- Obtenção de direito dos pacientes e seus familiares;
- Gerenciamento de informações hospitalares;
- Gerenciamento correto dos medicamentos;
- Acesso e continuidade de tratamentos.
Compreendido os principais pontos que são exigidos pelos órgãos que certificam os hospitais referenciados, quais são os requisitos de ouro, que os recursos humanos de uma instituição de saúde, busca nos profissionais que contrata?
Confira os cinco principais pontos necessários, para trabalhar em hospitais referenciados.
1 – Facilidade em integrar uma equipe
Para que a instituição funcione plenamente e com unidade a equipe precisa estar integrada. Inclusive, a ONA exige que haja uma metodologia didática a ser trabalhada com os funcionários que ocupam todos os cargos da instituição de saúde. O objetivo é que os processos fluam com maior facilidade.
Dessa maneira, se você cirurgião-dentista, pretende trabalhar em hospitais referenciados, é preciso saber lidar bem com grandes equipes, integrar-se nelas com facilidade e compreender os processos de gestão que a instituição possui.
A ideia é que os profissionais compreendam rapidamente o que as instituições acreditadoras exigem e estejam atentas para o pleno cumprimento. Está na mão das pessoas que trabalham a certificação da instituição.
Além disso, entidades de saúde, principalmente as que buscam acreditação, estão em constante mutação dos seus processos, culturas, modos de atingir objetivos e de passar os ensinamentos aos seus funcionários. É preciso estar atento a este aspecto de constante mutação.
2 – Foco na segurança e assistência ao paciente
Como aspectos de segurança, assistência e de estrutura são exigidos nos processos de certificação das instituições de saúde, estas aptidões também serão cobradas dos seus colaboradores.
Por isso, qualificações voltadas para essas áreas podem ser diferenciais para os profissionais de RH. Esta aptidões perpassam, muitas vezes, por fazer um bom trabalho com poucos recursos ou nem sempre com as melhores condições.
Nem sempre é fácil atingir tal objetivo dada a rotina cansativa daqueles que atuam na área de saúde. Porém, é intrínseco ao profissional e é considerado pelos recursos humanos.
3 – Profissionais empáticos com seus pacientes
O bem-estar do paciente é a principal finalidade de qualquer instituição de saúde – independente de se busca acreditação ou não. Por isso, para trabalhar em um hospital referenciado, o profissional de odontologia hospitalar, precisa ter características interpessoais focadas no cuidado com o paciente para que a sua cura seja mais facilitada e assertiva.
O cuidado com os familiares do paciente – que também ficam fragilizados com a situação – também precisam estar no radar do profissional da saúde. Buscar, portanto, cada vez mais longevidade dos pacientes, qualidade de vida e melhores respostas aos tratamentos também é crucial para o profissional.
4 – Cursos e qualificações extras
Com certeza, um profissional é muito mais do que seus diplomas e certificados – mas isso faz a diferença na hora da contratação. O nível de excelência do currículo é um dos principais requisitos, desde as qualificações até às experiências vividas.
Instituições em que já trabalhou, tempo dos contratos e fatores interligados serão analisados pelo RH da entidade de saúde.
Além disso, novas tecnologias e aplicativos estão sempre sendo integradas na área de saúde e dominá-las é crucial. Logo, a habilitação em odontologia hospitalar e, a constante atualização, para compreender os processos novos e estar sempre em dia com o conhecimento específico da sua área, também é uma aptidão exigida para trabalhar em hospitais referenciados.
5 – Já ter trabalhado em hospitais referenciados
Um diferencial que a equipe de recursos humanos pode considerar é já ter trabalhado em um outras instituições com histórico e cultura de certificações – não necessariamente entidades acreditadoras, mais qualquer processo de certificação. Isso acontece, pois se o profissional já esteve dentro de um processo de referenciação em outra entidade de saúde, terá mais facilidade em se adaptar em um novo processo.
Afinal, as certificações exigem mobilização de todos os profissionais, pois são diretamente ligados à integração de processos, que os tornam mais rápidos, reduzem os erros e tornam o serviço oferecido aos pacientes mais eficiente.
Referenciar um hospital não é nada fácil – trabalhar em um deles também é um desafio, mas muito gratificante e engrandecedor para uma carreira na área de odontologia hospitalar. Fique atento a estes requisitos – e outros que podem entrar no caminho – e boa sorte!
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